MORTES E DESORDENS MARCAM INÍCIO DE 2017
www.bcidadeemfoso.blogspot.com.brO autor na Rádio Melodia em 2016 |
A sucessão da vaga deixada com a morte de Teori Zavascki terá de ser indicada ao Senado pelo presidente Temer. Os artigos 38 e 68 do Regimento Interno do STF já dão o norte da substituição com a redistribuição das ações a seu cargo para outro ministro da Corte. O ministro que assumir, poderia herdar tais ações, mas o tempo urge e nestes casos, caberá à presidente Carmen Lúcia sortear entre os demais 9 ministros, uma vez que ela não poderá relatar e ao mesmo tempo presidir a Corte.
Muitos falam que o Juiz Sérgio Fernando Moro deveria ser o indicado para a vaga. Nada mais justo. Entretanto é bom saber que se isso acontecer, o que achamos difícil, mas não impossível, a Lava-Jato talvez se enfraquecesse na sua origem. Por outro lado, não seria Moro o Relator substituto de Teori a ‘presidir’ tais processos. Que ele merece, não temos dúvidas, mas os desavisados que torcem por ele não atentam para o fato de que não será ele o Relator no STF depois de ter sido o juiz originário na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Raciocinar não faz mal a ninguém.
Até parece pesadelo, mas a realidade estampa-se aos nossos olhos, aos olhos do Brasil e do Mundo! O que os bandidos e facínoras fizeram durante anos para que o brasileiro chegasse à atual situação de desrespeito e de violência nunca antes concebidas?! Esta é a pergunta, sem qualquer pontuação, para que o leitor tire suas conclusões e faça pausas onde achar conveniente! O ano mal começou. Aqui e ali, notícias e estatísticas povoam a mente dos brasileiros na expectativa de um alívio na economia do país, mergulhado pelos irresponsáveis de esquerda e de direita que nos levaram à maior recessão da nossa curta história! O Banco Central, baixa 0,75 da taxa de juros anual que cai para 13%, enquanto os cartões de crédito cobram até 480% e o cheque-especial chega a 375% ao ano. Tais números são inacreditáveis, mas são ‘reais’. Depois de político, sem dúvidas, a profissão mais rentável entre nós é ser ‘BANQUEIRO’. Até banqueiro do jogo do bicho é um grande negócio. Mal negócio é para o empreendedor, que abre portas, emprega, distribui renda e é o tempo todo perseguido pela máquina fiscal dos governos, ávidos em arrecadar cada vez mais, para aplicar mal os recursos oriundos dos mais pobres, aqueles que não podem sonegar porque os impostos são cobrados na hora da compra de alimentos, remédios e vestuário!
Nos últimos 14 anos, entre 2003 e 2017, quebraram a PETROBRAS, o símbolo nacional que remonta aos anos 1950 e a campanha ‘O PETRÓLEO É NOSSO!’, empunhado pelos militantes políticos de esquerda e de direita, cujos descendentes continuam no poder até os dias atuais (e talvez seja esse o maior problema de usurpação de poder e de corrupção, bem como a integração do público ao privado!...), que nos leva a pensar os males que o profissionalismo político trouxe ao Brasil, fruto de períodos de mando nas mesmas mãos, como se o regime das ‘CAPITANIAS HEREDITÁRIAS’ ainda estivesse em vigor!
Nas ‘penitenciárias’ ao invés do mando estatal, a incompetência e a corrupção levaram todo ou quase todo o sistema às mãos das facções criminosas que, além de mandarem nos presídios, ordenam toda sorte de violência na ruas das grandes cidades. Onde vamos parar? O governo federal, até então distante de tais problemas, vez que amparado pela Constituição Federal, só pode intervir a pedido dos governadores, resolveu assumir suas responsabilidades e começa a mandar as Forças Armadas e a Força Nacional, depois do SOS dos governadores e o assassinato de mais de cem detentos em 20 dias. Tais forças vão fazer varreduras nos presídios, com auxílio das PMs dos Estados, réus confessos da sua total incompetência e incapacidade de controlar seus presídios. A verdade é que ninguém sabe onde isso vai parar. Há apelos para o endurecimento das penas, criação de pena de morte, fortalecimento e fiscalização das fronteiras do país, tudo isso cantado em prosa e verso há muitos anos, mas que, passadas as crises, vira ‘um passadiço que não passa disso’, como disse o poeta Emílio de Menezes.
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