Conquista que é fria;
O frio que faz muitas pessoas tomarem banho quente;
Mas que ainda sente a água morna;
O frio que faz muitas pessoas tomarem banho morno;
Mas que ainda sente a água normal;
O frio da água que sai da torneira;
Que parece-me estar saindo da geladeira;
O frio da água que sai do tanque;
E que banha aqueles que não têm chuveiro;
Que parece-me um freezer descongelando;
O frio que condensa o ar quente que sai do meu pulmão;
E que forma uma pequena nuvem nesse ar frio e seco pouco denso;
O frio que faz-me dormir com duas camisas, calça, meia e dois cobertores e ainda sinto frio;
O frio que faz a bexiga do meu indicador de temperatura murchar como se fosse amassada;
O frio que faz aqueles mendigos tornarem cristais da vida;
A vida daqueles que não tem onde ir nem onde dormir;
Que faz passar despercebido por muita gente;
Mas que seus corações ainda continuam quente.
(Jerbialdo)
*(esse poema eu fiz pensando no frio de Vitória da Conquista - BA com relação às pessoas que não tem nem um chuveiro para tomar banho morno e os mendigos que muitas vezes não tem nem um agasalho para se proteger do período de frio no inverno com relação da minha própria experiência de vida nessa cidade)
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