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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

POESIA


*O Frio de Conquista

Conquista que é fria;

O frio que faz muitas pessoas tomarem banho quente;

Mas que ainda sente a água morna;

O frio que faz muitas pessoas tomarem banho morno;

Mas que ainda sente a água normal;

O frio da água que sai da torneira;

Que parece-me estar saindo da geladeira;

O frio da água que sai do tanque;

E que banha aqueles que não têm chuveiro;

Que parece-me um freezer descongelando;

O frio que condensa o ar quente que sai do meu pulmão;

E que forma uma pequena nuvem nesse ar frio e seco pouco denso;

O frio que faz-me dormir com duas camisas, calça, meia e dois cobertores e ainda sinto frio;

O frio que faz a bexiga do meu indicador de temperatura murchar como se fosse amassada;

O frio que faz aqueles mendigos tornarem cristais da vida;

A vida daqueles que não tem onde ir nem onde dormir;

Que faz passar despercebido por muita gente;

Mas que seus corações ainda continuam quente.

 (Jerbialdo)

*(esse poema eu fiz pensando no frio de Vitória da Conquista - BA com relação às pessoas que não tem nem um chuveiro para tomar banho morno e os mendigos que muitas vezes não tem nem um agasalho para se proteger do período de frio no inverno com relação da minha própria experiência de vida nessa cidade)

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