ERA UMA VEZ!
Ricardo De Benedictis
A estrada da vida é cheia de
tangentes e curvas, de avenidas, ruas e vielas, de palácios, mansões, grandes
casas, casas menores, cômodos, casebres, choupanas, grandes shoppings center,
lojas de departamento, supermercados, grandes e pequenos negócios, bares, casas
de tolerância, buates, restaurantes, endereços de empresas, residências,
casas-de-família, lares. Ah, felizes daqueles que têm um Lar!
É no Lar que vou me ater neste
momento.
Não há qualquer pessoa ou família que
seja inteiramente feliz neste mundo, apesar de todos reconhecermos que ‘ A VIDA
É BELA’. O ato de viver, de sentir, de sonhar, de fazer e desfazer, de estudar
e de crescer, de ganhar e de perder, de amar e de sofrer, ‘vale a pena, se a
alma não é pequena’.
Daí vem o provérbio: resumindo - “Quem passou pela vida e não sofreu, passou
pela vida, não viveu”.
O fato é de que tudo passa.
Partindo deste princípio
prático/filosófico, chamo a atenção dos leitores, familiares e amigos em geral
para que atentem para esta Pandemia.
Sabemos que nosso Mundo é feito de
bons e maus. E a conjunção do Bem e do Mal aplica-se a tudo que fazemos ou
deixamos de fazer.
O maior exemplo que temos à nossa
volta é o nosso próprio país. A esperada união de todos para combater o vírus
que assola a humanidade, nem isso nos uniu.
Acima da desgraça que se impõe aos humanos em geral, em particular
aos brasileiros, parece não ter trazido, até o momento, um sinal positivo.
No meio midiático, assistimos embates
político-ideológicos em meio a noticiários que são obituários, travestidos de
notícia, números estatísticos e imagens chocantes dos nossos irmãos sendo
carregados em sacos de plástico, em meio ao desespero das famílias que não
podem, sequer, dar uma última olhada para seu ente querido.
Fatos chocantes, centenas de covas
abertas, como se fossem o agouro a clamar por novas mortes, Estados e
Prefeituras a encomendar urnas funerárias, até em Manaus, capital mundial da
floresta, houve caos na disponibilidade de caixões para as vítimas da COVID 19.
Enquanto isso, a Assembléia Legislativa discute o processo de impeachment do
governador e o prefeito, chorando, faz apelo internacional pedindo ajuda. Ajuda
a quem, Virgílio? Quanta falta de caráter!
Confesso que estou decepcionado com
tudo isso. No Rio, capital da roubalheira, não se dá trégua nem à Morte!
Este é o nosso Brasil! A que ponto
chegamos!
O presidente diariamente profere um
sem número de imprecações; para quem?
Do lado, o Congresso a votar sofregamente
medidas contrárias ao governo ou apenas medidas inócuas para mostrar quem
manda. E do outro lado, a ditadura judicial imperando, também na esteira do
Congresso e do presidente. Quem manda, afinal?
O povo confinado, ameaçado de prisão,
alguns com suas casas invadidas e vendo seus filhos tombarem, alvejados por
bandidos ou maus policiais.
Juízes de 1º grau acatando processos
e determinando nulidade de atos do presidente da República, medidas que caem no
dia seguinte por outras decisões, e o STF querendo impor uma Constituição
Federal cujos artigos ou partes deles são diariamente interpretados pela conveniência
de quem, muitas das vezes, tem menos conhecimento jurídico que a maioria sábia
do nosso povo.
Onde chegaremos? Não sabemos!
Textos completos e parágrafos, frases
e pensamentos seculares nos colocam frente a frente com as mentes prodigiosas
daqueles que as proferiram.
O STF determinou, cumpra-se!!!
Trva-se uma inglória batalha. Grupos
favoráveis ao uso de medicamento A contra grupos favoráveis ao medicamento B.
Respiradores superfaturados aos montes, hospitais de campanha custando dez,
quinze vezes mais que outros das mesmas proporções. Arbitrariedades praticadas
contra o cidadão pelas autoridades que deveriam cumprir a Lei. Mas que Lei? Nem
o STF parece estar disposto a cumprí-la!
Esperamos que os deuses de verdade se
compadeçam do Brasil e do Mundo, para que esta tragédia tenha fim e a raça
humana siga sua marcha inexorável, em direção ao pó!
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