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quinta-feira, 21 de maio de 2020

RICARDO DE BENEDICTIS - MINHA OPINIÃO:

ERA UMA VEZ!
Ricardo De Benedictis
A estrada da vida é cheia de tangentes e curvas, de avenidas, ruas e vielas, de palácios, mansões, grandes casas, casas menores, cômodos, casebres, choupanas, grandes shoppings center, lojas de departamento, supermercados, grandes e pequenos negócios, bares, casas de tolerância, buates, restaurantes, endereços de empresas, residências, casas-de-família, lares. Ah, felizes daqueles que têm um Lar!
É no Lar que vou me ater neste momento.
Não há qualquer pessoa ou família que seja inteiramente feliz neste mundo, apesar de todos reconhecermos que ‘ A VIDA É BELA’. O ato de viver, de sentir, de sonhar, de fazer e desfazer, de estudar e de crescer, de ganhar e de perder, de amar e de sofrer, ‘vale a pena, se a alma não é pequena’.
Daí vem o provérbio: resumindo -  “Quem passou pela vida e não sofreu, passou pela vida, não viveu”.
O fato é de que tudo passa.
Partindo deste princípio prático/filosófico, chamo a atenção dos leitores, familiares e amigos em geral para que atentem para esta Pandemia.
Sabemos que nosso Mundo é feito de bons e maus. E a conjunção do Bem e do Mal aplica-se a tudo que fazemos ou deixamos de fazer.
O maior exemplo que temos à nossa volta é o nosso próprio país. A esperada união de todos para combater o vírus que assola a humanidade, nem isso nos uniu.
Acima da desgraça que  se impõe aos humanos em geral, em particular aos brasileiros, parece não ter trazido, até o momento, um sinal positivo.
No meio midiático, assistimos embates político-ideológicos em meio a noticiários que são obituários, travestidos de notícia, números estatísticos e imagens chocantes dos nossos irmãos sendo carregados em sacos de plástico, em meio ao desespero das famílias que não podem, sequer, dar uma última olhada para seu ente querido.
Fatos chocantes, centenas de covas abertas, como se fossem o agouro a clamar por novas mortes, Estados e Prefeituras a encomendar urnas funerárias, até em Manaus, capital mundial da floresta, houve caos na disponibilidade de caixões para as vítimas da COVID 19. Enquanto isso, a Assembléia Legislativa discute o processo de impeachment do governador e o prefeito, chorando, faz apelo internacional pedindo ajuda. Ajuda a quem, Virgílio? Quanta falta de caráter!
Confesso que estou decepcionado com tudo isso. No Rio, capital da roubalheira, não se dá trégua nem à Morte!
Este é o nosso Brasil! A que ponto chegamos!
O presidente diariamente profere um sem número de imprecações; para quem?
Do lado, o Congresso a votar sofregamente medidas contrárias ao governo ou apenas medidas inócuas para mostrar quem manda. E do outro lado, a ditadura judicial imperando, também na esteira do Congresso e do presidente. Quem manda, afinal?
O povo confinado, ameaçado de prisão, alguns com suas casas invadidas e vendo seus filhos tombarem, alvejados por bandidos ou maus policiais.
Juízes de 1º grau acatando processos e determinando nulidade de atos do presidente da República, medidas que caem no dia seguinte por outras decisões, e o STF querendo impor uma Constituição Federal cujos artigos ou partes deles são diariamente interpretados pela conveniência de quem, muitas das vezes, tem menos conhecimento jurídico que a maioria sábia do nosso povo.
Onde chegaremos? Não sabemos!
Textos completos e parágrafos, frases e pensamentos seculares nos colocam frente a frente com as mentes prodigiosas daqueles que as proferiram.
O STF determinou, cumpra-se!!!
Trva-se uma inglória batalha. Grupos favoráveis ao uso de medicamento A contra grupos favoráveis ao medicamento B. Respiradores superfaturados aos montes, hospitais de campanha custando dez, quinze vezes mais que outros das mesmas proporções. Arbitrariedades praticadas contra o cidadão pelas autoridades que deveriam cumprir a Lei. Mas que Lei? Nem o STF parece estar disposto a cumprí-la!
Esperamos que os deuses de verdade se compadeçam do Brasil e do Mundo, para que esta tragédia tenha fim e a raça humana siga sua marcha inexorável, em direção ao pó!

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