SUPREMO EM
CHEQUE
Ricardo De Benedictis
Está difícil
exercer o jornalismo. O STF – Supremo Tribunal Federal, órgão máximo do Poder
Judiciário, não merece mais a confiança dos brasileiros. Portanto, quem é
responsável pelo noticiário, nesta espinhosa missão que o jornalismo impõe,
vê-se amordaçado por ameaças de toda ordem e sente-se inseguro para manter-se
íntegro na sua precípua obrigação de informar e comentar os fatos.
O STF que
deveria ser o guardião mor da nossa Constituição, parece-nos atabalhoado, sem
rumo, fruto de escolhas erradas da esquerda que nomeou nove dos seus onze atuais
ministros, todos, sem exceção, porque serviam aos ‘reis’ de plantão, desde
Sarney até Michel Temer.
O STF
começou a banalizar-se quando passou a receber ‘n’ questionamentos de partidos
políticos, em contestação às atitudes legisferantes do Poder Legislativo, da
Câmara e do Senado da República, trazendo algo que atrapalha o desenvolvimento
e faz imperar a ‘insegurança jurídica’ cantada em prosa diariamente pelos
nossos meios de comunicação.
Desde que o
jornal O ESTADO DE SÃO PAULO foi proibido, sob pena de ‘empastelamento’ e
multas astronômicas de publicar matérias relativas à família Sarney, envolvida
em corrupção no Maranhão, governada à época pela filha do ex-presidente –
Roseana, com acusações e apreensões de dinheiro vivo em seus escritórios,
associado aos pleitos pretéritos, de lá para cá, com as intervenções de
ministros como Ricardo Lewandowski, no processo do ‘MENSALÃO’, as brigas e
palavras impublicáveis ditas por ele e pelo ministro Joaquim Barbosa, ao vivo
pela TV Justiça, posteriormente a intervenção desastrosa de Lewandowski no
IMPEACHEMENT, quando a ex-presidente
Dilma perdeu o mandato, mas teve seus direitos políticos conservados, as idas e
voltas das ‘liminares’, a intervenção ridícula do governador Flávio Dinno, do Maranhão
visando anular a votação do impeachment que a Câmara tinha aprovado uma semana
depois do processo já estar em curso no Senado, o posicionamento do então
presidente Renan Calheiros em engavetar pedidos de impeachment contra ministros
e sua negação em cumprir mandado judicial que o afastou do cargo de presidente
do Senado, eis o resumo de fatos que se somaram a dezenas de outros que
desaguaram no mar de lama atual, que achamos de difícil solução.
Não sei se
vai acontecer agora, já que o governo está envolto na reforma da ‘previdência’
e não deve desviar o foco. Depois vem a Reforma Tributária. Depois há-de vir a
Reforma do Judiciário , por último, a temida Reforma Política.
Aí, sim, o
Brasil encontrará seu grande destino. Por enquanto, vamos a passos de ‘jabuti’,
colocados nas árvores dos interesses nada republicanos, dos ladrões que nos
governam há séculos!
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