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segunda-feira, 29 de abril de 2019

RICARDO DE BENEDICTIS - CRÔNICA

JEAN CLAUDE
Ricardo De Benedictis
Assisti neste domingo, na Globonews, a entrevista que Mario Sérgio Conti fez ao Prof. Jean Claude, de 82 anos, que, embora tenha nascido na Europa, veio ainda criança para o Brasil e foi professor do entrevistador.
O Prof. Jean Claude descreveu o tema da entrevista que é o tratamento dos portadores de câncer na próstata, entre os quais ele se encontra, uma vez que foi atacado pelo tumor na próstata e três anos após a cirurgia o câncer voltou e ele teve que submeter-se à inúmeras sessões de Rádioterapia.  Homem muito culto, ele queixa-se que os médicos oncologistas e o médico responsável pela terapia por Rádio, através aparelhos, em nenhum momento do tratamento conversaram com ele sobre as seqüelas que ficariam com a radioterapia. E é algo que acontece. Ninguém conversa com o paciente sobre o futuro. Os médicos limitam-se a dizer que o paciente é portador de câncer de próstata (como no caso em tela) que tem de fazer 30, 40, 50 sessões de radioterapia e mais nada.
No caso dele, em São Paulo, um dos centros de excelência no tratamento do câncer prostático, foi assim que sucedeu com o professor Jean Claude, velho e reconhecido lente da USP.
Por falar em excelência, temos em Salvador um centro de excelência no Hospital Santa Isabel no anexo ICB – Instituto de Câncer da Bahia e outro no Hospital São Rafael.
A questão da incontinência ou urgência urinária que o Prof. Jean Claude enfatizou na entrevista, é algo muito deprimente. Imagine, leitor, um homem de 82 anos, aparentemente saudável – como é o caso do entrevistado, que necessita de estar em locais acadêmicos ou não para conversar e deixar seus ensinamentos e em palestras, encontros com amigos, etc, estar a qualquer instante urinando na fralda. É algo triste e humilhante que a ciência, embora tenha progredido na forma de alongamento da vida, não se preocupa com o ser humano que se propõe ao tratamento.
Outra coisa que ele deixou bem clara. Se não tivesse feito a radioterapia, teria morrido? Se sim, quanto tempo levaria? Ele disse que nenhum dos médicos especialistas soube responder esta e outras perguntas. Diziam apenas que ele teria dores, mas as dores têm tratamento... Segundo ele disse durante a entrevista. Fica, pois, a questão: fazer ou não o tratamento?
A ciência deveria avançar mais para dar as respostas que milhares de homens fazem e não têm quem responda!
O Prof. Jean Claude colocou em dúvida a parte econômica dos aparelhos de radioterapia, que custam muito caro e cujos fabricantes encontram-se em países como EUA e poucos outros. É um assunto que deve ser abordado sem medo, para que, num futuro próximo, os homens possam usufruir de tratamentos menos nocivos à sua qualidade de vida que se deteriora muito após a radioterapia.  E disso nós temos absoluta certeza!
Temos um tema importante a tratar, vez que o câncer de próstata ataca homens de 40, 50, 60 anos e isso pode inviabilizar suas vidas. Primeiro, cuide-se para saber se está tudo bem com você. Depois você resolva o que fazer.
Este assunto deveria ser recorrente nas Faculdades de Medicina do Brasil, já que por aqui, a turma da grana preocupa-se mais em faturar que proporcionar qualidade de vida ao paciente, o que não deixa de ser uma tremenda falta de humanidade!

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