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quinta-feira, 28 de maio de 2020

RICARDO DE BENEDICTIS - CRÔNICA

O LIVREIRO
Ricardo De Benedictis
O livreiro se acha. Pensa que é semideus.
Sua verdade é absoluta. Só ele ‘sabe’ das coisas.
Se conhece algum escritor que não lhe elogie em suas viagens, ele o despreza. Faz chacota, diz que suas ideias ‘são bobagens’, reina absoluto no seu diminuto círculo.
Passa ao largo de tudo e de todos. Usa as redes sociais para menosprezar quaisquer pensamentos, sejam lá quais forem, apenas porque não partiram da sua criação.
Ele se acha. Portanto, é o princípio e o fim.
O meio para ele, é para os fracos. Não sabe o que é!
Um crítico?
Pode até ser, mas  não utiliza os conhecimentos que diz ter, quem sabe, para suplantar suas frustrações, colhidas ao longo da vida.
Vive numa bolha!
Imagino-o em sua loja, vendendo livros usados, ter que elogiar autores famosos visando valorizar a mercadoria e com isso, levar seu ganha-pão adiante...
Acho dignificante sua labuta. Livros são sinônimos de conhecimento e de civilidade. Mas a leitura simplesmente, pode não influir ou até influir demasiadamente no caráter de cada um.
 No labor de livreiro, até acho que o faz bem. Há anos no ramo. Deve estar consolidado, mesmo nesta fase sombria do corona vírus.
Desejo-lhe boa sorte e mais tempo para escrever, para que possamos fazer ideia das suas atuais condições mentais. E assim, entendermos melhor o que passa em sua cachola!

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