POÇÕES O BECO DOS ARTISTAS, RUA APERTADA E O TEMPO
DOS SONHOS!
Ricardo De Benedictis
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Conversando com os amigos Florisvaldo Rodrigues, nada menos que o
‘Marquês da Serra Preta’, título que lhe foi outorgado pelo gênio da
poesia do século XX, poeta Affonso Manta, o meu filho primogênito,
Ricardo Jr, e um dos maiores divulgadores da obra de Affonso Manta,
Luciano Gomes, cheguei à conclusão de que deveria registrar para a
Memória alguns meandros da história de Poções, antes que minha vida se
apague, já com meus 78 anos de idade.
Nos anos 1940/1950, até 1960, quem sabe, a nossa cidade de Poções viveu grandes momentos que não deveriam ser esquecidos. Do ponto de vista da Arte e da Cultura, vamos lembrar de Alcides da Silva Fagundes, que era ‘coletor estadual’, hoje seria um auditor fiscal, e foi prefeito no início da década de 1950, mas o que desejo realçar, na verdade, é a rua dos Artistas. Tal rua, à direita, tinha uma característica especial. Eram várias alfaiatarias, uma após as outras que, se não bastassem, invadiam a antiga rua Apertada, atual Av. Olímpio Rolim, cujo cidadão morou por toda a vida na avenida que acabou por perpetuar-se com seu honrado nome e que além disso, era farmacêutico, dono de uma farmácia e que chegou a ser prefeito da cidade, tais os serviços que prestou, ao longo da sua laboriosa vida, a toda a comunidade.
Vamos falar, entretanto, dos alfaiates. E é certo que minha memória não vai alcançar a todos. E que Deus me perdoe. Lembro-me bem que, logo após o consultório do dentista Dr. Trindade, vinha a alfaiataria de Dudu Marinho. Logo após, a alfaiataria do grande musicista Otoniel Monteiro Costa, grande trompetista. E lá vejo como agora, as figuras de Alcides ‘Bordado’, grande tocador do trombone de varas, Hélio ‘Virote’, lógico que alguns vão questionar outros tantos que minha memória não alcança, em função da senectude que me faz menos, sempre menos do que gostaria de ser. Depois, já na antiga rua Apertada, uma alfaiataria que tinha como ‘oficial’ um dos maiores flautistas/clarinetistas que passou por Poções: Indalécio D' Esquivel, pai do meu grande amigo Tibério, que, a exemplo do pai, adotou o nome artístico de Romano.
Quem gosta de futebol sabe que, quando um jovem se destaca numa equipe pequena,os grandes clubes correm atrás do talento emergente para tê-lo em suas fileiras. O Indalécio D' Esquivel, oriundo da Chapada Diamantina, foi um desses que Vitória da Conquista trouxe para o ‘cast’ do Clube Social. Era um expoente da flauta e da clarineta e veio para Conquista fazer história.
Na verdade, nada disso teria acontecido se não vicessaje em Poções a aura dos artistas, em todas as matizes e linguagens.
Uma colônia italiana, bem representada por italianos amantes das artes, era um repositório de talentos, desde Júlio Silva, Misael Monteiro Costa, Alcides Fagundes, Antonio Fagundes, misto de músico e de escrivão no Cartório de Ioiô e Vilobaldo Macedo, Bernardo Fagundes, reconhecido maestro ‘Nadinho’, Arnaldo Fagundes, que tocava o saxofone com um sopro maravilhoso, um marco da família Fagundes que teve outros grandes músicos, a exemplo de Zelinho e Eráclito Fagundes, entre tantos outros músicos maravilhosos que fizeram história em nossa cidade de Poções. É bom lembrar que a Filarmônica Primavera era presença constante em todos os eventos cívicos/religiosos da cidade, sempre com brilho e carregando em seu maestro Nadinho a esperança de continuação, uma vez que, a duras penas, mantinha uma escolinha para jovens que no futuro, substituíam aqueles que passavam, pela aposentadoria ou pela passagem da vida propriamente dita.
Pois é, a rua Apertada era palco do cine Santo Antonio, cujo responsável era o grande cidadão Nicola Leto, misto de projecionista e gerente, que também era o braço direito do italiano Bras Labanca para iluminar os lares e a vida dos poçoenses, durante anos e anos. Tem muita coisa a mais a dizer e a agradecer, só que vamos deixar para outra oportunidade, se Deus assim o permitir...
Fiz algumas correções de nomes, tendo em vista as contribuições de Florisvaldo Rodrigues e Vaneide Fagundes, às quais agradeço penhoradamente, e peço que se houverem outras incorreções, que nos enviem e estarei pronto a restabelecer o texto, quantas vezes forem necessárias.
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Indalécio D'Esquivel - Foto Reprodução |
Nos anos 1940/1950, até 1960, quem sabe, a nossa cidade de Poções viveu grandes momentos que não deveriam ser esquecidos. Do ponto de vista da Arte e da Cultura, vamos lembrar de Alcides da Silva Fagundes, que era ‘coletor estadual’, hoje seria um auditor fiscal, e foi prefeito no início da década de 1950, mas o que desejo realçar, na verdade, é a rua dos Artistas. Tal rua, à direita, tinha uma característica especial. Eram várias alfaiatarias, uma após as outras que, se não bastassem, invadiam a antiga rua Apertada, atual Av. Olímpio Rolim, cujo cidadão morou por toda a vida na avenida que acabou por perpetuar-se com seu honrado nome e que além disso, era farmacêutico, dono de uma farmácia e que chegou a ser prefeito da cidade, tais os serviços que prestou, ao longo da sua laboriosa vida, a toda a comunidade.
Vamos falar, entretanto, dos alfaiates. E é certo que minha memória não vai alcançar a todos. E que Deus me perdoe. Lembro-me bem que, logo após o consultório do dentista Dr. Trindade, vinha a alfaiataria de Dudu Marinho. Logo após, a alfaiataria do grande musicista Otoniel Monteiro Costa, grande trompetista. E lá vejo como agora, as figuras de Alcides ‘Bordado’, grande tocador do trombone de varas, Hélio ‘Virote’, lógico que alguns vão questionar outros tantos que minha memória não alcança, em função da senectude que me faz menos, sempre menos do que gostaria de ser. Depois, já na antiga rua Apertada, uma alfaiataria que tinha como ‘oficial’ um dos maiores flautistas/clarinetistas que passou por Poções: Indalécio D' Esquivel, pai do meu grande amigo Tibério, que, a exemplo do pai, adotou o nome artístico de Romano.
Quem gosta de futebol sabe que, quando um jovem se destaca numa equipe pequena,os grandes clubes correm atrás do talento emergente para tê-lo em suas fileiras. O Indalécio D' Esquivel, oriundo da Chapada Diamantina, foi um desses que Vitória da Conquista trouxe para o ‘cast’ do Clube Social. Era um expoente da flauta e da clarineta e veio para Conquista fazer história.
Na verdade, nada disso teria acontecido se não vicessaje em Poções a aura dos artistas, em todas as matizes e linguagens.
Uma colônia italiana, bem representada por italianos amantes das artes, era um repositório de talentos, desde Júlio Silva, Misael Monteiro Costa, Alcides Fagundes, Antonio Fagundes, misto de músico e de escrivão no Cartório de Ioiô e Vilobaldo Macedo, Bernardo Fagundes, reconhecido maestro ‘Nadinho’, Arnaldo Fagundes, que tocava o saxofone com um sopro maravilhoso, um marco da família Fagundes que teve outros grandes músicos, a exemplo de Zelinho e Eráclito Fagundes, entre tantos outros músicos maravilhosos que fizeram história em nossa cidade de Poções. É bom lembrar que a Filarmônica Primavera era presença constante em todos os eventos cívicos/religiosos da cidade, sempre com brilho e carregando em seu maestro Nadinho a esperança de continuação, uma vez que, a duras penas, mantinha uma escolinha para jovens que no futuro, substituíam aqueles que passavam, pela aposentadoria ou pela passagem da vida propriamente dita.
Pois é, a rua Apertada era palco do cine Santo Antonio, cujo responsável era o grande cidadão Nicola Leto, misto de projecionista e gerente, que também era o braço direito do italiano Bras Labanca para iluminar os lares e a vida dos poçoenses, durante anos e anos. Tem muita coisa a mais a dizer e a agradecer, só que vamos deixar para outra oportunidade, se Deus assim o permitir...
Fiz algumas correções de nomes, tendo em vista as contribuições de Florisvaldo Rodrigues e Vaneide Fagundes, às quais agradeço penhoradamente, e peço que se houverem outras incorreções, que nos enviem e estarei pronto a restabelecer o texto, quantas vezes forem necessárias.
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