Valdir Barbosa
Ontem,
ao acordar, longe de casa, de onde sai para sufragar meu voto, na
cidade serrana que me acolheu há mais de quarenta anos, quando deixei
minha soterópolis e nasci como polícia no entorno desta Vitória da
Conquista, assisti uma chuva forte que lavou a cidade por horas e fez
descer enxurrada, desde o alto da serra do Periperi lavando tudo,
levando morro abaixo, a sujeira acumulada nos últimos dias.
Atento aos sinais entendi, como de costume, a mensagem cósmica da
consagração do candidato, em quem depositei e deposito minhas
esperanças, de promover a necessária assepsia e remover a imundice que
vem se acumulando no país, há tanto tempo. E assim ocorreu, Jair Messias
Bolsonaro, pela vontade do povo brasileiro, do Japão em diante foi
acumulando votos, em enxurrada, capazes de lhe fazer eleito presidente
do Brasil.
A campanha, recheada de golpes baixos, sujos, culminando com agressão
física ao candidato esfaqueado em praça pública, revelou a face obscura
daqueles que tentavam a todo custo se manter no poder, única e
exclusiva pretensão do P.artido T.enebroso que levou o país a
bancarrota.
Toda uma gama de desmandos foram praticados nesta nação, desde que
Lula assumiu o poder, reelegeu-se, enfiou um fantoche no governo e
tentou emplacar outro seu protegido, agora na presidência, mesmo preso,
condenado por corrupção, com sentença confirmada em instancias
superiores.
Frise-se, seu candidato, a quem havia feito prefeito da maior
metrópole sul americana, implicado em três dezenas de processos, por
improbidade e desvios diversos foi considerado o pior prefeito de São
Paulo, mas, a ambição incontida de Luis Inácio sempre insistiu em
apostar nos piores nomes, posto, marionetes fazem parte da preferência
daqueles que desejam a perpetuação no poder.
José Dirceu, gênio do mal que arquitetou o plano de fazer do Brasil, o
centro latino americano da ditadura do proletariado, acertou em quase
tudo, todavia, não contava com a personalidade doentia da figura que
escolheu, em razão do carisma que guardava Lula, como artífice mor do
seu projeto. Criou um monstro que o engoliu, como de resto a toda
estrutura trepada sobre um mar de lama, onde afinal se fez afundar.
Além disto, há que referir sobre a mão perfeita do Soberano que, de
Roberto Jeferson, ao incongruente Joaquim Barbosa – no mensalão –
seguindo na direção do competente Sérgio Moro, suporte máster da
operação lava-jato foi revelando as entranhas podres da quadrilha que
assaltou o país nos derradeiros anos.
O dinheiro desviado no “petrolão”, os milhares de dólares destinados,
via BNDES, a países americanos e a africanos, para viabilizar a
corrupção, recursos que poderiam ter sido aplicados no Brasil são prova
inconteste, de que o interesse dos petistas nunca foi atender as
necessidades do povo brasileiro, na verdade, tão somente guardavam
propósito de engordar os bolsos dos falsos patriotas e atender ao
projeto de poder fomentado no Foro de são Paulo.
Porém, tudo é finito neste mundo terreno, assim, o tempo do grupo que
por quase duas décadas comandou, da pior forma, os desígnios desta
terra chegou a seu termo. A partir de janeiro confiamos que outros rumos
serão trilhados e poderemos retomar o crescimento, viver dias de
prosperidade, segurança e paz vendo as instituições, sobretudo a
família, célula mãe da sociedade, fortalecidas. Por isto, mais de
cinquenta milhões de brasileiros depositaram seu voto nas urnas e
elegeram o capitão como presidente.
A campanha foi dura. Conhecidos e até amigos fraternos entraram em
rota de colisão, frente as preferências nos candidatos que ao final
polarizaram a disputa, contudo, a hora agora é de entendimento e união
de esforços, para apoiar e fiscalizar aquele que foi guindado ao cargo
na força da escolha independente. O mau exemplo do derrotado, que no seu
discurso, após o resultado, não menciona o vitorioso e nem o
cumprimenta, como de praxe, não deve ser seguido, posto revela postura
antirepublicana e antidemocrática.
Pouco importa se na Bahia, minha terra, Bolsonaro não foi vitorioso.
Em setembro de 1822, quando proclamada a independência brasileira pelo
Príncipe Regente, os ventos da liberdade apenas sopraram por aqui,
tardiamente, após as pugnas sangrentas dos nossos índios, negros,
caboclos e mamelucos, quando muitos perderam suas vidas, para que afinal
fosse percorrido o Corredor da Vitória, em dois de julho de 1823.
Nos próximos dias volto, com o corpo e alma lavadas para o regaço dos
meus, os abraços de minha amada e juntos, como fazemos sempre haveremos
de caminhar, sob as mesmas arvores seculares que sombrearam os heróis
da nossa independência, em direção à Igreja de Nossa Senhora, para
agradecer a vitória e rezar, na certeza de que haverá de chegar o dia,
em que a Bahia estará também liberta do P.artido dos T.enebrosos.
VDC, 29 de outubro de 2018
Valdir Barbosa
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