EL DITADOR
Ricardo De Benedictis
Enfim, temos um novo Sancho Pança na
América, copiado dos espanhóis e retratados na obra de Miguel Cervantes “Don
Quixote de La Mancha”. A diferença é que Don Quixote era uma figura de ficção
do autor espanhol, baseado na velha e conhecida teoria de que a Arte imita a
Vida e vice-versa.
O Don Quixote de Cervantes, lutava
contra moinhos de ventos, figuras e cavaleiros que sua mente doentia criava,
enquanto o novo Quixote – Hugo Chávez, já falecido, lutou contra seu próprio
povo, o venezuelano desarmado – que morre de fome ou é abatido pelo exército,
desta feita comandado pelo novo Bolívar – Nicolás Maduro, ditador que era o
segundo de Chávez, egresso do volante de ônibus e caminhões e, tal qual seu criador,
afeito a bravatas e atos insanos.
Desta feita a Venezuela está imersa
numa crise sem precedentes, levando ao êxodo alguns milhões de cidadãos
perseguidos, presos, deportados, fugitivos do regime, refugiados com suas
famílias pelo Continente Americano.
O pior. Não tem comida, a inflação
chega a hum milhão por ano e até papel higiênico não se acha para comprar.
Compra-se um pão com uma cesta de bolívares e o ditador ainda se dá ao luxo de mandar
incendiar dois caminhões de suprimentos médicos e alimentos que lhe foram
doados por países americanos. O prefeito de Santa Helena, na divisa do Brasil
fez apelo internacional e, segundo ele, 25 venezuelanos foram mortos neste
final de semana pelas forças de Maduro.
Enquanto isso, a ONU não se
manifesta, quando já deveria ter criado um ‘corredor humanitário’ para que a
ajuda internacional chegue à população desesperada. Onde vamos chegar?
É triste saber que os partidos que se
dizem de ‘esquerda’ no Brasil apóiam os atos do ditador Maduro. Lembrando que
Roraima, estado brasileiro que faz divisa com a Venezuela está com seus hospitais
lotados de venezuelanos. Ninguém sabe onde esta crise vai dar.
Juan Guaidó, presidente da Assembleia
Nacional da Venezuela, se auto-proclamou presidente em exercício do país
vizinho.
Nesta segunda, o ‘grupo de Lima’
reúne-se em Bogotá, na Colômbia para tomar posição na situação. O Brasil,
felizmente, defende a não intervenção armada. Vamos aguardar a marcha dos
acontecimentos, mas de já, registramos nossa estupefação quanto à grave crise
que aflige nossos irmãos venezuelanos.
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