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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

RICARDO DE BENEDICTIS - CRÔNICA

EL DITADOR
Ricardo De Benedictis
Enfim, temos um novo Sancho Pança na América, copiado dos espanhóis e retratados na obra de Miguel Cervantes “Don Quixote de La Mancha”. A diferença é que Don Quixote era uma figura de ficção do autor espanhol, baseado na velha e conhecida teoria de que a Arte imita a Vida e vice-versa.
O Don Quixote de Cervantes, lutava contra moinhos de ventos, figuras e cavaleiros que sua mente doentia criava, enquanto o novo Quixote – Hugo Chávez, já falecido, lutou contra seu próprio povo, o venezuelano desarmado – que morre de fome ou é abatido pelo exército, desta feita comandado pelo novo Bolívar – Nicolás Maduro, ditador que era o segundo de Chávez, egresso do volante de ônibus e caminhões e, tal qual seu criador, afeito a bravatas e atos insanos.
Desta feita a Venezuela está imersa numa crise sem precedentes, levando ao êxodo alguns milhões de cidadãos perseguidos, presos, deportados, fugitivos do regime, refugiados com suas famílias pelo Continente Americano.
O pior. Não tem comida, a inflação chega a hum milhão por ano e até papel higiênico não se acha para comprar. Compra-se um pão com uma cesta de bolívares e o ditador ainda se dá ao luxo de mandar incendiar dois caminhões de suprimentos médicos e alimentos que lhe foram doados por países americanos. O prefeito de Santa Helena, na divisa do Brasil fez apelo internacional e, segundo ele, 25 venezuelanos foram mortos neste final de semana pelas forças de Maduro.
Enquanto isso, a ONU não se manifesta, quando já deveria ter criado um ‘corredor humanitário’ para que a ajuda internacional chegue à população desesperada. Onde vamos chegar?
É triste saber que os partidos que se dizem de ‘esquerda’ no Brasil apóiam os atos do ditador Maduro. Lembrando que Roraima, estado brasileiro que faz divisa com a Venezuela está com seus hospitais lotados de venezuelanos. Ninguém sabe onde esta crise vai dar.
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, se auto-proclamou presidente em exercício do país vizinho.
Nesta segunda, o ‘grupo de Lima’ reúne-se em Bogotá, na Colômbia para tomar posição na situação. O Brasil, felizmente, defende a não intervenção armada. Vamos aguardar a marcha dos acontecimentos, mas de já, registramos nossa estupefação quanto à grave crise que aflige nossos irmãos venezuelanos.

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