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segunda-feira, 28 de março de 2022

RICARDO DE BENEDICTIS MEMÓRIAS - CRÔNICA

 

NOTICIÁRIOS E PROGRAMAS DE TV NA BAHIA

Ricardo De Benedictis

É difícil falar sobre o formato e os textos narrados pelos apresentadores de TV na Bahia.

A começar pela TVs repetidoras da Globo, podemos inferir que existe uma máxima de divulgar mortes e acontecimentos fúnebres, transformando os horários nobres da família baiana num festival de horror. É um obituário em horário que deveria ser nobre. Como nesses momentos não podemos impedir que as crianças tomem seu café da manhã, almocem e jantem, próximas aos seus pais e irmãos, as cenas macabras se repetem, umas após as outras, às vezes com detalhes descartáveis que poderiam ser veiculados em horários menos ‘nobres’. Por falar nisso, há muito que não se ouve falar nos ‘horários nobres’, que eram à sua época, verdadeiramente nobres. Hoje, tais horários são ‘nobres’, apenas nos preços das veiculações dos anúncios.

ARATU E RECORD - As repetidoras dos demais canais são menos agressivas e menos negativas, focando sua narrativa em críticas e fatos de utilidade pública, ruas esburacadas, água, esgoto, energia, estradas, etc. Estes mesmos fatos são também focados nas repetidoras doa TV Bahia, que é mais abrangente no interior do Estado.

A TVE tem um canal cedido para a UESB que serve como estágio para os seus estudantes de Comunicação Social, sob orientação da Reitoria. O Canal tem a seu favor, a transmissão esportiva dos campeonatos de futebol. Merece aplausos, uma vez que o nosso futebol poderia desaparecer do mapa. As demais emissoras não dão detalhes dos jogos, locais e horários, muito menos onde podem ser vistos na TV. Se o esportista quiser que vá à INTERNET e faça sua pesquisa. Há muito a melhorar no aspecto da informação de locais e as mensagens que recebem os locutores durante a transmissão. Muitos dados equivocados de quem transmite à distância, o que, convenhamos, é perdoável!

Deixamos de comentar a Band por termos péssimo sinal da emissora aqui em Conquista, o que é lamentável, uma vez que Renato Rebouças, seu fundador, era um cidadão conquistense e mantinha aqui a sua morada.

 

COPA DO NORDESTE E COPA BRASIL

O torcedor tem que se virar para descobrir onde passa. O certo mesmo é ir às emissoras de Rádio da Capital, ouvir os locutores lendo anúncios infindáveis repetidas vezes, e asim, acompanhar a transmissão dos jogos do seu time.  E mais. A maioria dos profissionais da área não esconde sua torcida pelo Bahia e malham o pobre Vitória, do início ao final, quando gritam ao juiz: ‘acaba esse jogo pelo amor de Deus’. Cenas ridículas que nada somam ao nosso futebol. É isso!

 

domingo, 6 de março de 2022

MEMÓRIAS - RICARDO DE BENEDICTIS

 

AURINO CAÇOTE, O PAI DA HUMANIDADE!

Série: FIGURAS DE POÇÕES

Ricardo De Benedictis

Existem pessoas interessantes  que vivem e deixam o seu legado para futuras gerações. Histórias, Fatos e Lendas desse tipo acontecem em quaisquer lugares: seja na cidade, no campo, no arraial ou nas grandes metrópoles.

Segundo o Padre Edilson Mendes, nosso conterrâneo de Poções, dileto amigo que é afilhado do grande poeta Affonso Manta e um gozador por excelência, as ‘meninas’ mais assanhadas e parideiras de Poções que não tinham certeza de quem poderia ser o pai dos seus rebentos, traziam para as ruas e para a sanha dos conversadores de plantão tais dúvidas; e quando isso acontecia, sempre havia alguém que logo se apressava em apontar o suspeito número um. E, via de regra, era o Aurino Caçote, o primeiro da lista. O tempo foi passando e várias crianças que nasciam sem paternidade definida eram ou seriam, para as más línguas, pretensos filhos de Aurino.

As informações sobre o Aurino Caçote são boas. Ele era um ‘bon vivant’; sujeito alegre e criativo, gostava de brincar com os amigos, mas andava de saco cheio dessas histórias de ser pai de tanta gente. Foi no auge de tal situação que ele, usando de toda a criatividade que lhe era peculiar, apareceu com uma musiquinha que passou a cantarolar para os amigos e que tinha a seguinte letra:

”Todo mundo que nasce,

O pai sou eu...

Toda criança que nasce,

O pai sou eu...

Seja inteligente,

Não tenho tempo

Pra ser pai de tanta gente!

 

Todo mundo que nasce,

O pai sou eu...

Toda criança que nasce,

O pai sou eu...

Eu não tenho idade,

Nem tenho tempo

Pra ser o pai da humanidade!”

 

E realmente, não dava para Aurino ser pai de todas as crianças advindas das mães solteiras, muito menos daquelas que não tinham como saber quem era o pai do nenê. Era pura maldade da turma que fazia ponto no Bar de Tonhe Luz e adjacências, onde se encontravam para comentar o que acontecia de inusitado na cidade.

 

Facebook/recanto/poesias.web em 21/08/2016