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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

ELEIÇÕES 2020:

Foto: Reprodução

 

Bahia: Cresce 60% o número de cidades com mais eleitores que habitantes

O número de municípios com mais eleitores que habitantes aumentou na comparação com o cenário visto nas eleições de 2018. Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), desta vez são 493, 8,8% das cidades brasileiras. Em 2018, quando 308 cidades do Brasil registraram essa inversão, o aumento foi de 60%. O estudo foi feito a partir do cruzamento de dados da base de eleitores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a população oficial calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado com o maior número em termos percentuais é Goiás (22,76%), seguido do Rio Grande do Norte (17,9%) e da Paraíba (14,8%). Proporcionalmente, a cidade que lidera a lista nacional de municípios com mais eleitores do que habitantes é Severiano Melo (RN). Lá, segundo estimativa do IBGE, são 2.088 habitantes, já os dados do TSE apontam 6.482 eleitores aptos a votar, o número é três vezes maior que a quantidade de habitantes. De acordo com a Agência Brasil, em números absolutos, na liderança da lista nacional de municípios com mais eleitores que habitantes está o município pernambucano de Cumaru,no Agreste do estado. Segundo o IBGE, ele possui 10.192 moradores, já o TSE aponta que há na cidade 15. 335 cidadãos aptos a votar este ano.

 

JUSTIFICATIVA
A diferença, segundo o consultor da área técnica, da CNM, Eduardo Stranz, pode ser justificada por desatualizações nas estimativas de população feitas pelo IBGE, fraudes e , especialmente, por questões afetivas. “Existe uma ligação muito grande das pessoas com as cidades onde elas nasceram, sobretudo nesses municípios pequenos. Elas migram para cidades maiores, regiões metropolitanas ou cidades-pólo em busca de emprego ou estudo, mas não transferem seus títulos eleitorais, isso é muito comum”, avaliou.

 

Stranz, que há mais de 30 anos trabalha com municípios, lembrou ainda que em cidades menores a disputa política é muito acirrada e as pessoas nascidas nessas localidades têm sempre algum grau de parentesco com os candidatos o que, segundo ele, também contribui para que elas não transfiram seus títulos.

 

DADOS IBGE
Outro ponto que deve ser levado em conta é a defasagem nos dados sobre a população brasileira. “Isso está mais evidente agora, em 2015. Segundo o Plano Nacional de Estatística, o IBGE teria que ter feito uma contagem populacional para ajustar a fórmula que calcula essa estimativa, mas isso não aconteceu sob o argumento de falta de verba”, explicou o especialista.

 

O Brasil adota uma das seis fórmulas utilizadas no mundo para estimar a população . A equação, que projeta o número de habitantes a partir de dados do Censo Demográfico, tem eficiência por quatro anos, no quinto ano, é preciso recontar a população para ajustar a fórmula. “Como não foi feito isso, as populações estimadas a partir de 2015 têm tendência mais ao erro que acerto. Isso também pode ser importante nessa diferença”, destacou Eduardo Stranz.

 

FRAUDES
Questionado se o número maior de eleitores em relação aos habitantes em determinadas cidades não pode significar fraude, o consultor disse que sim, mas que casos de curral eleitoral são pontuais. “Hoje em dia isso é cada vez menos comum. As pessoas têm muito mais acesso à informação, discussão política. Olhando o perfil dessas cidades, fica mais evidente a ligação das pessoas com sua terra natal.

 

REVISÃO
Nos casos em que há muita discrepância entre eleitores e habitantes ou que há um aumento da transferência de domicílios, a Resolução 22.586/2007, do TSE, determina que seja feita uma revisão do eleitorado sempre que for constatado que o número de eleitores é maior que 80% da população, que o número de transferências de domicílio eleitoral for 10% maior que no ano anterior, e que o eleitorado for superior ao dobro da população entre 10 e 15 anos, somada à maior de 70 anos no município.

domingo, 25 de outubro de 2020

BETO MAGNO - CINEASTA E JORNALISTA - CRÍTICA :

SOBRE ALLAN DECARD
Beto Magno, Cineasta e jornalista ( O autor, no atelier do artista)
    As maravilhas da moderna tecnologia, nos aproxima de tudo e de todos. Graças a ela consigo me manter conectado ao meu torrão Natal, Vitória da Conquista , terra que amo com todas as minhas forças.
     Tenho mantido meus amigos aqui de Salvador , informados dos últimos episódios ocorridos aí , no tocante as obras do artista Allan de Kard e o injustificável ataque que tem recebido em especial pelo Conselho Municipal de Cultura, que foge completamente do seu papel , assumindo uma postura quase que inquisitorial . Quando falo Conselho Municipal de Cultura , devo dizer que existe lá honrosas exceções, que se constitui em minoria.  As obras da Olívia Flores , parece ter tomado todo o tempo da atual gestão.  Gostaria de saber o que de verdadeiramente propositivo saiu da atual gestão, em relação a Cultura de nossa cidade?  Parece que a perseguição encetada ao artista , tem motivação ideológica, embora o artista não pertença a nenhum partido , aliás já vi uma declaração sua muito interessante a esse respeito.
“ Na Política, o meu partido é o inteiro, daí pode-se dizer que sou ambidestro, pois só acredito na aristocracia intelecto-moral”
    A última deliberação desse conselho, foi a recomendação ao executivo da retirada das obras do artista da Olívia, recomendação essa que certamente não será acatada por esse ou qualquer outro Governo.
   Existem algumas considerações que gostaria de fazer a cerca dessa recomendação:
   A primeira é que ao contrário do anunciado essa não foi uma decisão unânime.
    Segundo:  o conselho alega que é necessário normalizar o uso do espaço Público para a instalação de obras de arte. Porém nasce em mim uma dúvida.  Essa recomendação vale só para o artista Allan de Kard, ou para as demais obras instaladas
de outros artistas na Cidade?
Como o Monumento aos Pracinhas de Cajaiba, ou a escultura do Artista Romeu Ferreira em homenagem aos desaparecidos do período do Regime militar, ou o Monumento ao índio do artista Edimilson Santana, ou mesmo o Cristo de Mário Cravo.  Em que condições essas obras foram instaladas? Tenho certeza que essa pergunta nunca foi formulada dentro do Conselho municipal de Cultura.
    Vale ressaltar que as obras de Allan de Kard não foram feitas com recursos públicos.
     Ainda ontem tive a oportunidade de ler uma matéria, feita em conjunto pelos sites Avoador e Gambiarra, onde fica clara a tentativa de desmerecer o trabalho do artista.
    A autora da matéria faz um esforço enorme para parecer imparcial. salta aos olhos os artifícios utilizados na construção de uma narrativa negativa , desfavorável ao Allan, que vai desde o super trato nos argumentos do conselho e o completo desleixo as colocações do artista, chegando ao cúmulo de neglicenciar na pontuação, construir frases soltas , fugindo completamente do contexto. Técnica essa já conhecida de muitos.
    Há ainda um flagrante desequilíbrio, quando a matéria é apresentada com opiniões de pessoas supostamente abalizaras, sem contudo apresentar o contraditório, já que sabemos existir um grande número de críticos
de arte que tem uma posição completamente diferente.
    Parece-me que a referida matéria , atende a uma encomenda com fins específicos.
      Tenho um sentimento que já me é antigo.  O Conselho municipal de Cultura não representa os anseios da classe artística, e tenho certeza que a sociedade conquistense não deixará isso acontecer.

    Beto Magno, Cineasta e jornalista

terça-feira, 6 de outubro de 2020

CULTURA E EDUCAÇÃO JUNTOS II:

Correios faz campanha de distribuição de livros

Fonte

A campanha “Leia Para Uma Criança”, promovida pelo Itaú Social, terá os livros infantis distribuídos pelos Correios. Em 2020, serão enviados 3,6 milhões de exemplares, 5 mil obras com recursos de acessibilidade e 4 mil em braille. A coleção pode ser solicitada até 19 de outubro ou enquanto durarem os estoques.

Os Correios já distribuíram mais de 57 milhões de livros impressos do Programa Leia para uma Criança. A empresa realiza a entrega por diferentes modalidades de postagem, como SEDEX, PAC e Mala Direta, e oferece todo o suporte logístico, desde a solicitação, até tratamento, expedição e distribuição dos livros.

Com o objetivo de democratizar o acesso a livros infantis de qualidade para crianças residentes nas regiões mais vulneráveis do país, do total, são reservados 1,2 milhão de livros (600 mil Coleções), que serão enviados para um público seleto de municípios, Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e bibliotecas comunitárias.

Coleção 2020 – A coleção deste ano é composta por dois livros: “A Visita”, de Antje Damn, e “Com que roupa irei para a Festa do Rei?”, de Tino Freitas e Tonit Zilberman, além das coleções regulares, das coleções em braille e coleções com recursos de acessibilidade.

A coleção – kit com dois livros infantis -, pode ser solicitada até o dia 19/10, ou enquanto durarem os estoques, na página do Leia para uma Criança.

Os Correios têm enorme satisfação em fazer parte desta iniciativa do Itaú Social. O Programa Leia para uma Criança busca estimular a leitura na primeira infância, contribuir para o fortalecimento de vínculos afetivos entre adultos e crianças e promover o acesso à leitura de qualidade, como direitos de todos.

Com o apoio da estatal, única empresa com malha logística capaz de realizar entregas em todo o território nacional, a campanha consegue chegar aos lares de milhares de famílias brasileiras, em todo o país.

 

CULTURA E EDUCAÇÃO DEVEM ESTAR CONECTADOS, SEMPRE!

 

Planetário realiza primeiras sessões para convidados

Coordenadores que integram o Núcleo Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação (Smed) participaram, na última quinta-feira (1º), de sessões especiais no Planetário Professor Everardo Públio de Castro. Eles assistiram “O que tem no céu” – produção doada pelo Observatório Astronômico da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) –, “Viagem ao Centro da Via Láctea” e o trailer do filme Estrelas do Faraó.

As exibições duraram, ao todo, cerca de 20 minutos. O objetivo foi apresentar aos coordenadores o funcionamento do Digistar 5 para que esses profissionais discutam formas de aproveitamento dessa tecnologia para a aprendizagem dos alunos da Rede Municipal de Ensino quando do retorno das aulas, ainda sem previsão.

As sessões seguiram os protocolos de segurança, contando com número reduzido de participantes, intervalo entre as exibições para higienização do espaço e aferição da temperatura dos convidados na entrada.

Além da exibição para os coordenadores pedagógicos, comunicadores de Vitória da Conquista assistiram, no início da semana, a mesma sessão. Também estão previstas exibições especiais para alunos do Projovem – formado por um público adulto –, representantes de escolas particulares e professores do Município.

Os interessados em conhecer o equipamento podem entrar em contato por do whatsapp (77) 98813-5502 para agendamento. As visitas, em razão da pandemia, só serão autorizadas mediante este agendamento, e seguirão todos os protocolos sanitários.

Comunicadores também conheceram o espaço

domingo, 4 de outubro de 2020

BETO MAGNO - CINEASTA - CRÍTICA ARTÍSTICA

 



Sobre Allan de Kard
  
     
Inauguro no dia de hoje essa coluna, para falar a respeito da Obra do Artista Plástico Allan de Kard, que é, na minha opinião, o Mário Cravo dos Sertões.  Vejo na obra desse artista uma nova escola que surge que talvez o tempo irá chamar de “O Neocontemporâneo”.
    O que existe de novo no seu trabalho?   Allan propõe, a fusão dos sabres Humanos de tal forma que é difícil saber que se trata de um filósofo que se faz artista ou um artista que também é filósofo.
    A mensagem que traz, na maior parte das vezes acompanhada de argumentos fascinantes, sempre vinculados com as Leis naturais e em defesa da vida e dos seres humanos.
    Transgressor, como deve ser todo artista que pretende contribuir com a mudança para melhor do mundo, produz obras polêmicas. E a última delas é o monumento aos heróis da Saúde, instalada numa das principais avenidas de Vitória da Conquista.
   Me valho aqui de um inteligente comentário feito pela artista Tina Gusmão, acerca dessa obra, fazendo conexão com uma outra obra do artista o Monumento ao Gari:   Suas palavras:  “ Allan fez do Macro Invisível, para chamar atenção para a importante figura do Gari, e agora ele faz do micro escandalosamente macro para homenagear seres humanos gigantes, que são os profissionais da Saúde “. Digo portanto que esse é sem dúvida, e o tempo comprovará isso, um dos maiores nomes das artes Plásticas do Brasil.

  Beto Magno - Cineasta e Jornalista DRT-5353-BA  04 /10/20

sábado, 3 de outubro de 2020

NANDO DA COSTA LIMA - CRÔNICA

 

"Dotô Miranda”



 

       Santo não, também nem combina... “São Miranda” fica parecendo marca de conhaque barato. Mas que “Dotô Miranda” era gente finíssima, isto ninguém pode negar. Se fosse pra dar nota de zero a dez, até os inimigos dariam nove e meio.

       Miranda nasceu em Irará, em 1920, ano em que seu pai inventou a Jurubeba Leão do Norte. Mas “João Grosso do Feijão”, o menino que fazia cara feia quando sentia falta de feijão na mesa, não puxou o pai nas aptidões. Ele nasceu pra ser médico! Foi essa sua fixação pela medicina que o levou à formatura em 1947. Ele sempre foi estudioso, quando fez vestibular passou em segundo lugar. E olha que a primeira colocação foi dada ao filho do reitor! Quarenta e sete foi um ano decisivo na vida do Dr. , neste ano ele selou seu compromisso com suas duas grandes paixões... Maria e a Medicina entraram definitivamente em sua vida no mesmo dia. Depois das festas, Miranda partiu pra vida com Maria debaixo de um braço e o canudo do outro, foi pra bem longe..., foi parar em Ibicuí. Ali o Dr. passou dez anos, dez lindos anos exercendo a medicina de uma maneira quase que artesanal. Lá ele fez de tudo..., teve uma vez que um jegue arrancou com os dentes a orelha de uma moça, deu duas mastigadas e jogou fora. O Dr. não perdeu tempo, pegou a orelha, desinfetou, remendou e devolveu ao seu lugar de origem. Ele nunca entendeu como aquilo deu certo! Foi num tempo distante, na época ele viajava em lombo de burro pra atender os pacientes que moravam nas fazendas vizinhas à cidade. Um tempo em que a boa vontade do homem superava o conhecimento médico.

       O Dr. veio pra Conquista em 58, os meninos precisavam ser criados num lugar mais desenvolvido e ele e Maria ainda eram muito jovens para ficarem tão isolados. Fizeram daqui sua terra natal, apaixonaram-se pela terra do frio. E o Dr. mais uma vez cativou a cidade se tornando respeitado como médico e como homem. Aqui seus filhos cresceram e alguns até partiram... Mas o Dr. mostrou aos que ficaram que a vida sempre continua..., e Dona Maria nos fez ver que a morte é apenas um passeio mais demorado...

       Miranda e Maria já partiram para outro plano... Mas tenho certeza de que continuam juntos. Eles sempre estiveram unidos nos momentos mais difíceis. Foi este amor que deu forças pra eles, pós-graduados na arte de sobreviver, continuarem insistindo em dançar a eterna valsa da vida... Ademais, lá em casa ninguém morre, lá em casa a gente foge ou se muda de lugar.

       Santo não... Santo nem combina! Miranda e Maria são anjos...,  os anjos são bem mais poéticos...

                                                                                   Nando da Costa Lima

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