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segunda-feira, 13 de junho de 2022

CÚPULA DAS AMÉRICAS:

Recorde na produção agrícola e medidas para conter a alta dos combustíveis marcam a semana

Gov

Com o tema a “Construção de um futuro Sustentável, Resiliente e Equitativo”, a IX Cúpula das Américas ocorre até esta sexta-feira (10/06), em Los Angeles, Estados Unidos. O Presidente Jair Bolsonaro participa do evento que conta com ampla agenda de debates entre os líderes dos países das Américas. Confira a agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante a Cúpula aqui. A semana ainda contou com mais acesso para as famílias de baixa renda à casa própria, com o Programa Aproxima, e com o anúncio de medidas para conter a alta dos combustíveis.

A produção agrícola apresentou expectativa de um novo recorde na safra de grãos 2021/2022 e o Brasil abriu mais de 1.3 milhão de empresas nos primeiros meses de 2022. O Governo Federal ainda lançou uma série de ações para a proteção da vida desde a concepção e promoção dos direitos da família e das mulheres. Confira os destaques da semana.

Presidente Jair Bolsonaro participa da IX Cúpula das Américas
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, participou, nesta semana, da IX Cúpula das Américas que ocorre em Los Angeles, Estados Unidos. A Cúpula reúne chefes de Estado e de Governo e é um importante foro de diálogo político dos líderes dos países das Américas, para que sejam abordados os desafios e oportunidades compartilhados na região.

Esta edição da Cúpula é organizada e presidida pelos Estados Unidos e tem como tema a “Construção de um futuro Sustentável, Resiliente e Equitativo”. Durante o evento, serão abordadas questões relacionadas à política, crescimento econômico sustentável, energia limpa, meio ambiente, desenvolvimento social e governança democrática.

domingo, 12 de junho de 2022

RICARDO DE BENEDICTIS - CONTOS

 

FRANCISCO CARLOS SOUZA COSTA
Ricardo De Benedictis
 
Florisvaldo Rodrigues, o Marquês da Serra Preta, levou-me à casa de Dourival Monteiro Costa - irmão de Otoniel e Miranda, todos de Poções, filhos de seu Lote.
Dourival era Capitão RR do Exército, recém transferido para a Reserva e morava num aprazível sítio, fora da cidade de Jequié. Tinha sido representante da CAPEMI e foi Chefe da Guarda de Landulfo Caribé, então prefeito da Cidade Sol. Lá chegando conheci dona Iris, filhos e filhas do casal, desde Francisco Carlos até Misael, passando por Cesar, Lúcia Helena e Vera Lúcia.
Dourival havia sido aluno da minha mãe e na primeira oportunidade, segredou-me que tudo o que aprendera na escola - e que o levou a passar no Concurso do Exército, foram os ensinamentos da Profª Didi. Daí em diante passamos a viajar juntos, ora com Florisvaldo, ora não. Quando Dourival necessitava viajar com a família para Mato Grosso, numa dessas ocasiões de início de ano, eu estava lançando um compacto simples e precisava sair pelo país a fazer shows para divulgar as músicas Canção de Espera e Festas de Largo, ambas da minha autoria, em parceria com Carlos Napoli.
Apareceu um show para Barreiras, à época um final de mundo, cujas estradas carroçáveis faziam tremer qualquer cristão. Mas fomos firmes e certos de que seria bom.
Dois dias de sofrimento depois, chegamos, na madrugada de sexta para sábado. E Chicão, como eu o chamava, dada a sua altura, tratou de correr atrás do carro de som, enquanto eu tirava uma soneca após o banho e o café da manhã.
Lá para as tantas, acordei com um sonzão estridente passando na lateral do hotel e um locutor de voz grave e fanhosa anunciava. `Hoje, no Cine Barreiras, vamos assistir ao Show do ano com o grande artista da RCA Victor - Ricardo Benedictis. Ele é barbudo e cabeludo. Usa calça boca de sino e sapato salto carrapeta`. E aí soltava o som: Na minha voz: `Hoje, vou passar lá no mercado/Escolher uma porção de flores/E uma rosa para ela.../Vou fazer/Com todas as cores/Uma canção de espera.../ - Aí entrava o locutor: Olha ele aí, olha ele aí... `Hoje, no Cine Barreiras, vamos assistir ao Show do ano com o grande artista da RCA Victor - Ricardo Benedictis. Ele é barbudo e cabeludo. Usa calça boca de sino e sapato salto carrapeta`...
Chico apareceu e eu reclamei. Pô, Chico, esse cara tá me sacaneando! E Chico: Nada rapaz, a turma está gostando. Veja quanta gente acompanha o carro de som. A turma daqui gosta dessas novidades!
Agora vejam, tantos anos passados e estamos nós em pleno século XXI aqui em Poções, a relembrar fatos que passamos na década dos anos 1970, no ano 2022!
O Show foi um tremendo sucesso e amanhã prometo contar mais sobre as aventuras com Francisco Carlos, nome de um grande cantor, do qual sua mãe era fã!. Um grande amigo que reside há muitos anos em Miami nos EUA, mas sempre que pode, está por aqui.
Prazer em vê-lo, amigão! Aguarde que vem mais coisa por aí!!!

quarta-feira, 8 de junho de 2022

RICARDO DE BENEDICTIS - CONTOS

AVENTURA INSÓLITA!

Ricardo De Benedictis

Encontrei meu querido amigo José Carlos Leto, sua esposa Teresa e amigos, na Festa do Divino e prometi que ia escrever algo sobre uma viagem que fizemos a Itamaraju, no início dos anos 1970.
Sempre venho vasculhando a memória, passados tantos anos de vida e estou, pouco a pouco, filtrando alguns fatos que podem ser contados com humor e saudade, ao mesmo tempo.
Eu havia conhecido a garota Pera na Festa do Divino e tivemos um namoro bem arrochado, para ser mais preciso.
À época eu já morava no Rio e passava uns dias em Poções, com meu irmão Ernesto.
Zé Carlos era um adolescente e eu deveria estar com 30 anos de idade, desquitado e com um filho pequeno.
Minha irmã Teresa havia nos convidado a ir morar com ela e estávamos apenas passando uns dias em Poções.
Depois da festa, dei um pulo em Iguaí e estive com os pais da minha namorada, ocasião em que, expliquei a minha situação, aceita pela mãe, mas nem tanto pelo pai da garota.
Nós tínhamos combinado ir para o Rio onde eu trabalhava na Revista Estados & Municípios – do meu cunhado, Ângelo Neto.
Quando pensei em ir buscar a namorada, recebi um aviso de que a família havia se mudado para Itamaraju, uma vez que o seu pai comprara uma fazenda naquelas bandas, depois de levar um grande prejuízo do seu sobrinho, do qual era avalista.
Fiquei perplexo e, ao mesmo tempo, indignado. Onde já se viu, irem embora sem nada me dizerem! Aquilo pra mim era um desafio e eu achei por bem de ir buscar a garota.
José Carlos, além de vizinho, era muito chegado e conversando disse que iria comigo nessa empreitada. Fomos atrás de alguém que nos levasse a Itamaraju e encontramos o Tenente da Marinha aposentado, Heráclito Brito, uma figura nacional, nosso amigo, que tinha uma Rural.
Preço acertado, na época não se conseguia gasolina com facilidade na região Sul da Bahia. Compramos duas latas de 20 lts. Lacradas e colocamos no fundo da Rural. Não existia a BR-101 que estava em vias de ser construída, com alguns trechos em obras. De Poções ao Ponto de Astério a estrada era péssima, mas Nova Canaã, Iguaí e Ibicuí, eram cidades onde tínhamos parentes e amigos.
Saímos, mas antes falei com meu irmão Ernesto para onde íamos e fui à casa de Nicola Leto, pai de José Carlos, pedir autorização para leva-lo comigo. Nicola riu e disse: - Olhe lá, rapaz, meu filho é menor. Veja bem onde você vai! E fomos!!!
Heráclito dirigia bem...devagar, devagarinho. E eu, agoniado com a distância enorme a percorrer ficava reclamando para que ele andasse mais rápido. E ele fazendo ouvido de mercador!
À noite passamos por Itabuna em direção ao Extremo Sul. E aí a coisa começou a ficar preta. Chuva, muita lama, vez por outra, desvios, erros e voltas e chegamos num lugar chamado Coréia! Até parecia que estávamos na Ásia!
E lá íamos nós, nhem, nhem, nhem, 30, 40 kms por hora e eu dizia aperta o pé, Heráclito! Ele retrucava: - Rapaz, meu carro é velho, se forçar, quebra. Calma que vamos chegar em Eunápolis, logo, logo...
Quando o dia amanheceu, passamos pela ponte do Rio Jequitinhonha e, quando estávamos próximos a Eunápolis a transmissão da Rural soltou e o carro parou. Daí, até chegarmos na oficina, já em Eunápolis, levamos umas duas horas. E já eram umas 10 horas da manhã do dia seguinte ao início da nossa aventura. Na oficina, o mecânico desmontou tudo e disse que só tinha peça em Itabuna.
Heráclito se apresentou como oficial de Marinha, da reserva remunerada e as portas se abriram para que alguém fosse buscar a tal peça, enquanto o mecânico lavava as engrenagens da Rural.
Desesperado, chamei Zé Carlos no canto e conversamos sobre o que fazer. O dinheiro estava acabando e eu tinha que chegar em Itamaraju. Ficou acertado que ele permaneceria com Heráclito, enquanto eu faria o resto do trajeto sozinho, isso se achasse uma carona. 15 minutos depois, na própria oficina nos apresentaram um rapaz que vendia e entregava biscoitos na região. Ele, solícito, combinou dar-me a carona até Itamaraju, mas avisando que iria parar por várias vezes, em Itabela e não sei onde e que chegaríamos em Itamaraju à tardinha.
Sem delongas, entrei na Kombi e ferro na boneca!
Quando o cidadão parava para entrega eu descia e o ajudava, pensando em ganhar tempo. Mas a lama era demais. Sobe e desce ladeira, chuva e lama, o certo é que chegamos em Itamaraju à noite, por volta das 19 horas. O motorista conhecia bem a área e logo, logo encontramos a casa da dona Juju, mãe da minha namorada. Quando eu desci da Kombi, parecia um escafandro. Roupas pesadas, lama da cabeça aos pés!
Cheguei arrasado, sujo, doido para tomar um banho e foi isso que aconteceu. Troquei de roupa, tomamos café com massa e ficamos conversando. A futura sogra estava nervosa e disse que o maridão ia chegar no dia seguinte e que era bom que eu (nós) já estivéssemos longe!
Nesse interim eu tomei coragem e contei o que nos tinha acontecido, e o pior: que eu estava sem dinheiro por ter gasto muito com os problemas do carro.
Ela me acalmou e disse que daria um jeito, no dia seguinte cedo, pois já passava das dez horas, a cidade sem energia elétrica, tudo escuro, à luz de velas e lampiões.
Dia seguinte, ela já havia providenciado um jeep para nos levar a Eunápolis e ainda me emprestou uma grana que desse para voltar para Poções. E eu lhe disse que pagaria depois, agradeci muito, peguei a namorada e zaz!!!
Ainda não era meio dia quando chegamos em Eunápolis (à época Km. 64) da BR-101.
Lá estavam José Carlos e Heráclito, ambos aflitos, sem saber o que me teria acontecido. Rural consertada, faltou dinheiro, mas Heráclito deixou uma carteira velha da Marinha empenhada e um relógio Ômega para pagar os serviços mecânicos. Na saída o mecânico ainda vacilou e ofereceu o relógio com o documento, mas Heráclito não aceitou o relógio.
– Não senhor. Fique com o relógio que eu volto pra pegar!
Se voltou, não sei!!!
A volta foi menos sofrida. Chegamos no Ponto de Astério ao anoitecer e lá pelas 7 horas da noite passamos por Ibicuí. De Ibicuí para Iguaí, numa descida a Rural desembestou ladeira abaixo e eu gritava: Engrena uma segunda, rapaz e Heráclito retrucava: - Você acha que vou quebrar o carro novamente? Até que aconteceu o abalroamento. A Rural saiu da estrada de lama e bateu numa lateral da pista, mais alta, e por aí ficamos.
Atrás de nós, vinha uma pessoa que parou e nos deu socorro para Iguaí. Heráclito ficou no carro. Eu, Zé Carlos e Pera fomos de carona para Iguaí, sem um tostão no bolso. Lá eu procurei Valdo Freire, que era amigo de meu pai e ele providenciou que um cidadão nos levasse para Poções. E nos disse: - Olhe, este amigo é irmão de Doca e você poderá fazer o pagamento do frete amanhã, ao irmão dele, uma vez que ele necessita voltar ainda hoje.
E assim chegamos ao destino.
Demorei muito para contar estes fatos pois precisava do aval de Zé Carlos. Na festa deste ano, ele me cobrou e agora estou acabando de escrever.
Os fatos são verdadeiros e o que aqui não foi dito é que, fruto desta união, eu tenho um filho querido que é Professor, Dr. em História, Danilo Patrick Mascarenhas De Benedictis.
José Carlos Leto é testemunha ocular desta história, um querido amigo, desde criança e de cuja família sempre tivemos laços muito fortes a celebrar. E o personagem Heráclito Brito, partiu antes do combinado e era um homem de brio, um cavaleiro, uma pessoa que temos sempre de exaltar e louvar, como aliás, são e foram os filhos da dona Dadá!
Zé Carlos me disse que ficaram a comer pão com sardinha até a minha chegada em Eunápolis.
Heráclito, velho marinheiro cansado de guerra, nunca disse nada a respeito.
E ainda tem uma visita ao brega que eu não me lembro. Acho que não participei da farra, mas lembro-me do gravador que ficara com Zé Carlos.

quinta-feira, 2 de junho de 2022

ACAS - ANTONIO CARLOS AFFONSO DOS SANTOS - POESIA

 

Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas)

 

Lá fora, o silêncio...
Da janela de meu cativeiro,
Vi uma pobre alma,
Alquebrada!
Usava máscara de pano,
A qual impedia que lhe visse o rosto,
Nem sequer pude perceber,
Se sorria, ou se chorava,
Mas, trazia presos em si,
Os desejos, os sonhos, os medos...
Além disso, trazia uma tosse,
Presa ao peito; e uma febre,
Que queimava seu rosto espectral.
Em suas mãos transparentes,
Notei algumas sementes,
Seu presente; para todas as gentes...
Sementes de humildade, de
Solidariedade, de respeito ao
Próximo, e da Esperança para o futuro.
O planeta Terra, regenerado,
O ar mais respirável,
Os mares mais piscosos,
Os céus livres da poluição,
Permitem-nos ver estrelas....
E ela me disse para ficar em casa,
Até a morte passar... .
Fechei a janela, juntei-me à companheira,
E rezamos pelo Universo;
Que Deus se apiede de nós,
Amém!

ACAS, abril de 2020

Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 9 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de 5 outros publicados em antologias junto a outros escritores.


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Publicada por Hengerinaques em MEMÓRIAS...e outras coisas... a 1/06/2022, 09:36

quarta-feira, 1 de junho de 2022

RICARDO DE BENEDICTIS - CONTOS - FIGURAS DA BAHIA

 

EL MALUQUETE

Ricardo De Benedictis

 

Conheci no Rio de Janeiro, uma figura, amigo e colega de colégio do saudoso sobrinho, Ângelo Carlos, filho de Ângelo Neto e da minha saudosa irmã, Tereza. E como tal, andava sempre por perto, participando de quase tudo da família, numa época em que eu também me acostei à casa dos parentes para oferecer ao meu filho mais velho e que estava com 4 para 5 anos, um pouco de conforto familiar, dada a minha separação da sua mãe, que, para minha desdita, o colocou sob a guarda do avô, uma figura que eu queria ver pelas costas e que morava em Iguaí, depois de se transferir de Poções. A ex, depois de me ameaçar deixar a criança com seu pai e avô materno da criança, e eu deixar claro que não aceitaria, em função das nossas relações (eu e o pai dela) estarem cortadas, ela cumpriu a ameaça.

Numa manhã dos anos 1971, passei na casa do dito cujo em Iguaí, pedi a dona Milu que fizesse sua mala e o levei para o Rio. Aí começa o que realmente quero contar, que tem a ver com o título.

O ‘Ricardo Maluco”, era assim nominado pelos amigos e colegas e atendia a todos, sem a mínima demonstração de aborrecimento. Sempre alegre e brincalhão, ele tacava apelido em todo o mundo, à exceção daqueles que ele não era tão íntimo. Angelo (pai), eu, e minha irmã Tereza.

Numa dessas ocasiões, Ele me pediu carona e viajou comigo para a Bahia. Quando passava por Poções, o deixei na casa do meu irmão Ernesto, que estava de viagem para Salvador, onde o ‘maluquinho’ ia passar férias com a família paterna. Como meu roteiro era a Chapada Diamantina, pedi ao mano que o levasse com ele para Salvador, seu principal destino.

Isto feito, segui minha viagem e na volta, uns 15 dias depois, passei em Poções, como sempre fazia, antes de voltar ao Rio.

Foi aí que tomei conhecimento das peripécias do “maluco beleza”.

Ernesto me disse que viajaram e quando chegaram em Salvador, ele perguntou ao rapaz onde iria ficar. Ele respondeu que ia para a casa da tia ‘joana’ que ficava nas imediações do atual Shoping Barra, na Av. Centenário.

Ernesto me disse que já estava de saco cheio, com as brincadeiras sucessivas do ‘maluquinho’, mas que ia cumprir o compromisso de deixá-lo no referido endereço. Lá chegando, o maluquinho apressou-se a descer do carro e tocou a campainha de uma casa térrea, no final da Av. Centenário e que ele ficou observando, sentado no carro, e viu quando a senhora que o atendeu fez sinal de negativo para hospedá-lo.

Ao entrar no carro, Ernesto perguntou o que teria acontecido e ele disse que a casa estava cheia, pois chegaram uns parentes da sua tia e que ele não havia avisado, mas que ela lhe disse que ficasse na casa do irmão do seu pai.

– E onde fica isso, pergunta-lhe Ernesto, já um pouco irritado e ele respondeu que era em Ondina. E para lá, seguiram.

Chegando ao local, repetiu-se a novela. Uma senhora de cabelos grisalhos fazia sinais de não poder receber aquele hóspede ilustre.

Como o próximo endereço era na mesma rua, ao parar no semáforo, Ernesto para conferir o número do terceiro endereço para despejar seu carona ele olhou para a esquerda para verificar o local por ele indicado. Quando se voltou, foi surpreendido com o dedo do ‘maluquinho’, entre seu bigode e o nariz, numa brincadeira irritante e desrespeitosa. E aí, Ernesto que tinha um temperamento explosivo, me disse que quase o esmurra. Mas como a casa próxima era logo à frente, ele parou pela terceira vez. E quando o ‘maluquinho’ desceu, ele foi rápido, abriu o porta-malas do veículo e colocou a bagagem na calçada do prédio. Quando o carona voltou ele gritou de dentro do carro:

 - Um abraço seu maluco, agora você vai brincar com seus tios!

 

Depois soubemos que o maluquinho teve que andar uns kms. até ser acolhido pela família. Por coincidência, seus parentes moravam entre Barra e Ondina e o périplo ficou por aí!!!

Tivemos em nossa longa existência, vários episódios que gostamos de relembrar, até para que isso sirva de entretenimento, e ao mesmo tempo, eternize em parte a nossa passagem neste plano Terreno!

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