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sábado, 28 de setembro de 2019

RICARDO DE BENEDICTIS - CONTO:

BANHO NA ‘CACHOEIRINHA’ GERA BRIGA QUE CEIFOU DUAS VIDAS E DEIXOU FAMÍLIAS ENLUTADAS EM POÇÕES
(baseado em fatos reais)
Ricardo De Benedictis
Uma farra entre amigos que terminou em tragédia, marcou a década dos anos 1970 em Poções.

De um lado, a família de Zizio Pernambucano, do outro, a família Almeida, ambas guardam em sua memória aquela trágica tarde que movimentou negativamente a então pacata cidade do sudoeste da Bahia.

Segundo relatos de Florisvaldo Rodrigues, o Marquês da Serra Preta, Diva, que era filho caçula de Hermenegildo Almeida, de tradicional família poçoense, irmão de João Almeida (prócer do pmdb e candidato a prefeito), de Manoelzinho Açougueiro (assassinado por um desafeto, com uma facada meses antes), do pedreiro Joaquim Almeida, que construiu a Igreja Matriz nova em Poções, entre outros, e mais alguns integrantes das famílias envolvidas na tragédia, que se consumou na entrada da oficina de Zu Latoeiro, localizada na Av. Cônego Pithon, no centro da cidade.

O FATO
Como estampa a manchete da matéria, Diva Almeida, irmão caçula ‘dos Almeida’ que tomava banho com uma ou duas garotas na ‘Cachoeirinha’, aprazível local de lazer da cidade, fora de lá expulso por Zizio Pernambucano, homem temido, aparentemente pacato, mas que levava fama de pistoleiro, que estava nas imediações e achou aquilo um atentado ao pudor.

Dias depois, quando inspecionava seu veículo na oficina de Zu Latoeiro, Zizio foi surpreendido por Diva Almeida, empunhando um revolver 38, acompanhado pelo amigo e contra-parente, apelidado de Preto,  dispararam alguns tiros contra Zizio Pernambucano, que teria interrompido seu banho com algumas garotas.

Zizio, mortalmente atingido, reagiu e partiu pra cima de Diva e de Preto, com uma peixeira (faca de açougueiro), em punho, levando vários tiros.  A cena contou com a chegada de Tião, irmão de Zizio que vinha em seu socorro, de arma em punho. Diva se protegeu atrás de um veículo ali estacionado e atirou mais vezes, enquanto Zizio, mortalmente ferido, avançava para ele e para Preto de Benzinho com a peixeira em riste. Neste entrevero, morreram Zizio Pernambucano e Preto, filho de Benzinho, cunhado de Diva, atingido por Tião, irmão de Zizio.

Segundo informações, Preto recebeu um tiro certeiro na testa, já que Tião era exímio atirador e mesmo à distância conseguiu atingir o alvo.

Após o incidente, Zizio Pernambucano foi levado ao Hospital local, mas logo os médicos constataram sua morte. Houve invasão do hospital por Benzinho que queria vingar-se da morte do filho, mas a situação foi contornada com a notícia da morte de Zizio.

Após o fato, Tião fugiu para lugar incerto e não sabido, havendo rumores de que teria ido para o município de Contendas do Sincorá, enquanto a família transferiu-se para Vitória da Conquista.

sábado, 21 de setembro de 2019

NANDO DA COSTA LIMA - CONTO


RAZÃO
Nando da Costa Lima
  Sou puta... não me restou outra escolha, é a vida! Sou cria duma das muitas favelas desse nosso País! A única pessoa que ainda me lembro com carinho é a minha mãe..., uma mulata de rosto arredondado que parece ter vindo ao mundo para sofrer. Ela, tenho certeza, sofreu mais do que eu! E isto às vezes até me serve de consolo. Meu pesadelo começou quando eu tinha nove anos, parece mentira, mas eu só tinha esta idade quando meu padrasto me “usou” pela primeira vez... minha mãe, coitada, não pôde fazer nada. Teve que ficar com meus dois irmãos enquanto ele me comia, ainda tentou esconder o que se passava tapando os olhos dos meninos, mesmo assim meus gritos assustaram... eles choraram o tempo todo. Eu lembro que depois que acabou tudo minha mãe não sabia se me lavava ou se me abraçava,se sentia culpada por aquilo tudo. Depois desse dia minha vida, que já não era boa, virou um inferno, eu ficava imaginando quando chegava o fim de semana. Era só ele beber além da conta que acontecia tudo de novo. Um dia ele bateuem mãe só porque ela tentou me esconder no barraco da vizinha. Nunca mais me escondeu... quando ele chegava ela saía com os meninos e me deixava só... naqueles momentos o tempo parecia parar, eram horas de tortura até ele conseguir se satisfazer, eu fechava os olhos e ficava rezando e chorando até ele acabar. Teve uma vez que ele chegou acompanhando de um velho, os dois estavam bêbados. Meu padrasto cochichou no canto do barraco com minha mãe, mas deu pra eu escutar: aquele velho era o dono do buteco que meu padrasto bebia e fazia compras, ele ia pagar uma dívida com o meu corpo. Mãe saiu correndo e chorando, nem quis ficar pra ver...
Mamãe sempre me dava um remédio amargo pra beber, dizia que era pra eu não emprenhar daquele safado, mas mesmo vivendo daquele jeito ainda dava pra notar que ela gostava dele, tinha até ciúme! Eu já tava ficando moça antes do tempo e ela vivia tentando esconder minhas pernas e meus peitos que estavam começando a aparecer. Isto também levou meu padrasto a ficar diferente comigo, começou a trazer até doce de presente. Aquilo deixava minha mãe doente, e eu, menina com apenas onze anos, recebia e agradecia os doces já sabendo que mais tarde pagaria com meu corpo. Teve uma noite que mãe me chamou e falou que em pouco tempo ela ia me livrar daquele sofrimento, disse quase chorando. Imaginei que a gente ia fugir pro interior, ela sempre me contava de uma irmã que morava na roça.
       Só depois que encontrei os dois mortos é que fui entender porque ela me garantiu que ia me livrar daquela vida. Deve ter sangrado ele na hora que tava dormindo, morreu na cama. Só não entendi porque ela tirou a própria vida por causa daquele traste... a vizinha falou que foi por amor, parece brincadeira...
      Sou puta seu delegado..., e se tirei a vida da minha filha com apenas dois dias de nascida, o senhor pode ter certeza que tive ra

JEREMIAS MACÁRIO - CRÔNICA

A ESCORCHA NOS PREÇOS DA
                           GASOLINA EM CONQUISTA
É uma vergonha! Ninguém consegue conter o cartel da gasolina em Vitória da Conquista, e os consumidores não têm mais a quem apelar. Foi só a Petrobrás reajustar os preços nas refinarias, e no outro dia muitos postos já estavam com novas tabelas de aumento, mesmo com estoques anteriores adquiridospelo custo inferior ao anunciado pela estatal nesta semana.
É muita ganância dos empresários do setor, que montaram uma verdadeira escorcha nos preços dos combustíveis na praça de Conquista, considerados um dos maiores do estado, como já ficou comprovado em pesquisas feitas pela Câmara Municipal e pelo testemunho de cidadãos que sempre estão viajando em trabalho e em atividade de lazer.
Não é justificável
  O pior de tudo é que esta escorcha não é justificável porque os comerciantes adquirem o produto nas unidades de distribuição de Jequié a uma distância de 150 quilômetros, portanto, um frete bem menor que cidades da região, para não citar outras fora do nosso perímetro. Eu mesmo comprovei isso há pouco tempo quando em viagem para Juazeiro, passando pela Chapada Diamantina até o norte da Bahia.
  É um absurdo o que está acontecendo! A Câmara de Vereadores de Conquista, juntamente com o Ministério Público, OAB e outras instituições, prometeu dar uma resposta através de uma comissão de inquérito, mas continua o silêncio que perturba o espoliado consumidor que não tem a quem mais recorrer, a não ser ao Papa, ou ao bispo da arquidiocese que está mais perto de nós.
 Fizeram tanta zoada no legislativo municipal e na mídia, em forma de denúncias, que todos acreditaram que agora o cartel e a escorcha seriam quebrados, com multas e penalidades pelo crime contra nossa economia. Como tudo neste nosso Brasil de conluios e conchavos, até agora não deu em nada.
  Com o novo aumento nas refinarias, o litro da gasolina na cidade já está beirando os R$4,90 e os R$5,00 o litro, e não adianta pesquisar e andar muito porque a diferença é coisa de dois ou três centavos. Por que os preços dos combustíveis em Conquista são tão altos? Será que é por causa do poder aquisitivo da população? Porque aqui é uma suíça baiana, como muitos chamam!
Uma cidade cara
Aliás, não é somente a gasolina. Nos últimos anos, Vitória da Conquista tornou-se em uma das cidades da Bahia mais caras para se viver, talvez a mais. Muitos produtos e serviços, como o seguimento imobiliário, aqui ofertados se igualam aos de Salvador em termos de custos. Até há pouco tempo, Conquista tinha fama de ter um comércio onde se adquiria mercadorias baratas, com preços mais baixos, em conta. A cidade cresceu e isso já não existe mais, por conta da ganância capitalista, como ocorre no caso dos combustíveis.
  Assim fica difícil atrair turistas e visitantes como porta de entrada para cidades da Chapada Diamantina, conforme é intenção de um movimento de empresários, principalmente com o novo aeroporto que logo vai estar defasado. Não é somente o aeroporto que vai trazer mais desenvolvimento. Sempre tenho dito que Conquista precisa ser repensada em muitos pontos, inclusive a nível cultural, para atrair mais investimentos e gente de outros estados.
Mas, o nosso caso específico é o alto preço da gasolina, considerado um escândalo, e que está deixando muita gente de cabeça quente e sem dormir direito, especialmente taxistas, aplicativos do Uber, prestadores de serviços de transportes e vendedores que sempre estão viajando para comercializar seusprodutos. Para o pobre do tipo classe média baixa, está difícil manter um carro em Conquista com esse cartel da gasolina.

sábado, 14 de setembro de 2019

NANDO DA COSTA LIMA - CONTO:

HOJE POR MIM...
Nando da Costa Lima
 Daqui as coisas sâo bem diferentes, dá até pra pensar no que pas­sou, eu não queria que fosse desse jeito, mas quando a gente co­meça descer não consegue parar, vai até o fundo. Minha infância não foi das melhores, tive que trabalhar duro na roça, vim pra cidade já adolescente e fui logo me apaixonando pela boa vida, fiquei obcecado pelas mordomias da cidade grande. Decidi que ti­nha que enriquecer, virar patrão. Isso eu não tirava da cabeça. Depois de trabalhar três anos e não conseguir nem me alimentar direito com o salário, vi que estava no caminho errado, honestamente não dava pra ficar rico nem se vivesse mais 500 anos. Comecei vender contrabando, no início até que dava, depois todo mundo começou fazer a mes­ma coisa e o meu comércio foi por água abaixo, ainda bem que com o dinheiro que sobrou eu comprei sete tarefas de terra aqui perto. Comecei a trabalhar a terra e me casei logo em seguida, só fiz isso porque o pai da mulher era meu vizinho e dono de quase cem alqueires de terra. No começo as coisas correram bem, o sogro me davatudo e meu sftio que antes não tfnha nada se transformou .num paraíso, tinha de tudo ! Aí eu comecei achar quetava peque­no, como a mulher era filha única, passei a imaginar uma forma de dar fim no sogro. Um dia tomei umas a mais e criei coragem, apro­veitei que o velho tinha ido correr a manga sozinho, armei uma emboscada e furei o homem todo de 44, ninguém ficou sabendo quem foi, meu sogro também não era flor que se cheirasse, já tinha jogado muita gente pra trás e o crime foi logo esquecido. Com mi­nhas sete tarefas e mais os cem alqueires da mulher me tornei o maior proprietário da região, besta eu nunca fui; fiz minha fortu­na triplicar em pouquíssimo tempo, é claro que pra isso tive que ti­rar muita gente do caminho. Comecei com um vizinho de cerca que não quis vender a terrinha, deixava o jumento passar para minhas terras quase todo dia, aquilo me enfezou tanto que tive de matar o jumento e o dono. Desse dia em diante eu decidi que a melhor ma­neira de resolver meus assuntos era na base da bala, pra mim o úni­co advogado de confiança passou a ser um 38 cheio até a tampa, ali sim, eu botava fé, ou o sujeito assinava o documento de venda se borrando de medo, ou então ia pro inferno e a viúva assinava. Eu já tinha terra que dava pra engordar dez mil bois e vários cri­mes nas costas. Teve um sujeito que eu matei por amizade. Isto é, matei porque ele mexeu com a mulher de um amigo, sentei fogo no safado. Depois de muito tempo é que descobri que a safada era ela, não ele. Mas aí minha consciência já estava anestesiada, quando o povo falava que depois da terceira morte a gente esfria­va eu pensava que era brincadeira, mas é certo, chegou um tempo que eu acabava de matar um e ia dormir como se nada tivesse acontecido. Não posso negar, consegui meus objetivos ! Não é qualquer um, muito menos o filho de um vaqueiro, que consegue uma das maiores fortunas do Estado aos quarenta anos. Só errei numa coisa, acreditei demais na minha valentia, nunca imaginei que alguém tivesse coragem de tentar alguma coisa contra mim, vacilei pensando ser o único que não prestava e acabei aqui! On­de estou, as terras que consegui de nada valem. Daqui desse caixão, com o corpo todo furado de balas, inclusive uma no meio da testa que deixou meus olhos abertos, estou vendo tudo que se passa em meu velório, se é que pode chamar isso de velório, só tem duas pessoas ! E logo os dois que planeja­ram minha morte, eu vi na hora que aquele amigo meu que eu ma­tei por ele chegou por trás de minha mulher e falou sobre o suces­so do assassinato, ela ainda comentou que ruim do jeito que eu era ninguém ia saber quem foi. O que mais me chateou foi quando entraram quatro homens que eu nunca vi mais gordos ! Fiquei sa­bendo que eram carregadores quando um deles disse para os ou­tros que o sacana do defunto era tão miserável que nâo tinha um amigo, a mulher teve que contratar eles para levarem o caixão. Fo­ram eles que me deixaram a par das festas que estavam aconte­cendo na cidade por eu ter morrido, pode até ser que eles exage­raram na narrativa, mas antes de fecharem o caixão eu escutei o barulho dos foguetes vindo de todos os lados... Parecia até que era dia de São João.

sábado, 7 de setembro de 2019

NANDO DA COSTA LIMA - CONTO

No tempo do motô

Nando da Costa Lima
João Alemão tava apaixonado, aquela princesa trazida da caatinga pelo juiz mexeu com ele. Também não era pra menos, o simples mecânico duma cidade onde as mulheres bonitas só casavam com fazendeiros ou comerciantes, não podia deixar aquela beleza escapar. Edeusita veio pra trabalhar na casa do juiz, uma casa de respeito! E era mesmo, o Dr. não gostava de vagabundo rondando sua casa. Não foram um nem dois que dormiram engaiolados só por ter dado boa noite a Edeusita em hora imprópria. É que nossa Conquista, nesse tempo, era iluminada pelo “motô” que ficava na Av. São Geraldo. Este só funcionava até as 23:00 h, dessa hora em diante era perigoso rondar a casa do Dr. . Parecia ciúme! Já tinha dois soldados de prontidão só pra prender os possíveis garanhões, isto afastou os rapazes daquela princesa catingueira. O procedimento do juiz fez a imaginação da rapaziada endeusar a beleza da moça. E Edeusita, que era bonitinha, se tornou linda. Sua fama correu longe, até em Itambé já se sabia da sua beleza, mas João era quem mais sonhava com aquele amor impossível. Já tinha sido preso nove vezes, mesmo assim não desistiu.
Foi essa sua persistência que o levou a bolar um plano que entrou na história de nossa Conquista, foi ele o primeiro lobisomem da Terra do Frio. Isto sem contar os que os mentirosos da Rua Grande viam, toda sexta-feira, na Praça do Jenipapo (Praça Vitor Brito). Em 1920 aqui era comum você encontrar alguém que já tivesse lutado com um lobisomem ou com uma “mula-sem-cabeça”, aqui já teve até chuva de piaba, uma prova que nossa gente sempre teve imaginação fértil. Aproveitando disso João arrumou a única maneira de se aproximar de Edeusita sem ser incomodado. Colocava uma lata de querosene na cabeça com aberturas pra respirar e enxergar (um capacete improvisado), jogava o paletó por cima e saía agachado de sua casa até a do juiz. Devido ao capacete tinha até a discussão se se tratava de um lobisomem ou um visitante de outro “praneta”. Esta hipótese de marciano foi rebatida por um dos intelectuais da terra que garantiu que se fosse de outro “praneta” iria pra Sompaulo e não aqui nesse fim de mundo. Esta cena passou a se repetir toda sexta-feira, depois que o motô desligava a cidade ficava às escuras e a cachorrada começava a latir como se tivesse acuando alguma coisa. O pessoal já sabia que se tratava do lobisomem, só se via gente botando tranca nas portas e rezando Ave-Maria e credos de trás para frente, era normal. O lobisomem não incomodava ninguém e aquele medo era como uma diversão numa cidade onde eram raros os acontecimentos. Nesse meio tempo, João tinha conseguido se aproximar de Edeusita, já estavam apaixonados…
Um dia apareceu na cidade Zacarias, tinha tempo que não vinha aqui, andava mais pela roça. Era famoso, com um ferrão na mão, ficava na frente de qualquer touro. Só veio aqui quando ficou sabendo do lobisomem, seu sonho era quebrar um no tapa. Veio pra jogar areia no brinquedo de João… Quando ele soube que Zacarias tava na terra pra pegar o bicho, já ficou nervoso. Sabia que ia dar errado, mesmo assim insistiu. Não dava pra ficar sem ver seu amor conseguido com tanto suor!
 Não era noite de lua, isto fez com que João se sentisse mais seguro pra insistir no encontro. Já tinha atravessado todo o caminho sem dar de cara com Zacarias, tava até tranquilo. Mas quando pulou o muro da casa do Dr. recebeu uma cacetada que não o matou graças à lata de querosene. Tentou correr mas Zacarias era mais ágil e acertou outra cacetada nas costas que o fez cair. Quando viu que a coisa ia ficar pior tirou o paletó do rosto e se identificou. Zacarias reconheceu o mecânico e parou com as pancadas. Depois de passado o susto João insistiu pra que Zacarias não contasse a ninguém, pagou até uma garrafa de vinho Constantino. Mas de nada adiantou, no outro dia a história do lobisomem e da empregada do juiz era a novidade da Rua Grande. No início João andou meio sumido, depois se acostumou e até gostou da popularidade adquirida com aquela história. Edeusita não teve a mesma sorte, não ficava bem pra uma moça naquele tempo se encontrar com um homem às escuras. Teve que partir… Só ficou sua história pra marcar um tempo que, como ela, não pode voltar atrás. Um tempo em que nossa Conquista ainda era iluminada pelo “motô”.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

RICARDO DE BENEDICTIS - COMENTA LIVRO

LIVRO DE EZEQUIEL SENA GOMES, CONTA IMPORTANTE TRABALHO SOCIAL DA COTEFAVE
Ricardo De Benedictis
A Fazenda Vida e Esperança é uma importante obra de cunho social que visa a recuperação de jovens que ingressaram nas drogas.
Dirigida pelo Padre Edilberto Amorim, a COTEFAVE funciona na periferia de Barra do Choça e acolhe com terapia ocupacional e uma equipe multidisciplinar, cerca de 35 internos.
No livro "UM FACHO DE LUZ NO TERRITÓRIO DAS TREVAS, em tela, lançado na Livraria NOBEL no dia 20 de agosto PP., o autor, escritor Ezequiel Sena Gomes, membro efetivo da ACL - Academia Conquistense de Letras, conta em detalhes o trabalho da instituição dirigida pelo Padre Edilberto Amorim, nomeado pela Igreja Católica, dirigente local da CARITAS.
Em seu belo trabalho, Ezequiel Sena Gomes descreve dados biográficos do dirigente da COTEFAVE, entidade criada em 19 de agosto de 2002.
No currículo de Amorim, consta sua quase realizada aventura na ‘Guerrilha do Araguaia’, que ficaria famosa na luta contra os militares que governavam o Brasil. Frustrado em sua intenção, voltou para Conquista onde deu-se seu ordenamento alguns anos depois.
O livro é interessante e vale a pena conhecer o trabalho da instituição, muito bem descrito pelo escritor Ezequiel Sena Gomes, a quem registramos os nossos parabéns e votos de sucesso em sua bela carreira literária.

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